A inclusão das pessoas com deficiência ainda não é uma realidade para muitas empresas. Os dados mostram que ainda há um grande desafio no processo de atração e retenção de deficientes, tornando o mercado de trabalho para profissionais com deficiência ainda menor.
Devemos ressaltar que assim como qualquer profissional, os PcDs também buscam um ambiente de trabalho sadio, onde se sintam agradadas, reconhecidas e compreendidas nesse contexto.
Não é incomum ver casos em que empresários, gestores e até mesmo o setor de Recursos Humanos questionam a necessidade de uma lei que obrigue a contratação das PcDs, considerando uma medida incabível.
O reflexo está no número de profissionais com deficiência desempregados e aproximadamente 600 mil vagas que deveriam ser direcionadas para PcD sem preencher. Além do fato de que infelizmente ainda há pouca maturidade das empresas e da sociedade para que haja uma inclusão sem o respaldo da lei.
Por que o mercado para profissionais com deficiência é tão difícil?
A justificativa para a não contratação relaciona-se comumente à falta de qualificação das PcDs e a dificuldade em atrair os candidatos com deficiência. E realmente são dificuldades vivenciadas por parte das empresas que visam cumprir a lei e enxergam valor na inclusão.
Uma amostra desse cenário retirada do banco de dados da PcD em Foco, demonstra que 33% dos candidatos com deficiência cadastrados possuem ensino médio, 24% ensino superior incompleto, 19% ensino superior, 10% ensino médio incompleto e 14% outras formações e por último, mas não menos importante, 88% dos candidatos alegam não necessitarem de adaptação no ambiente de trabalho.
Justificando a falta de mercado para esses profissionais, empresas estão mais preocupadas com sua “falta de estrutura”. Em seu discurso aparecem inúmeros entraves internos para não contratar esses profissionais, o que acaba implicando no descumprimento da lei e dificultando ainda mais a entrada de PcDs nas empresas.
Infelizmente a realidade nos mostra que a maior parte desses “entraves” acaba sendo a falta de interesse no tema, preconceito e a discriminação com essas pessoas. Portanto, cabe a reflexão até que ponto tais argumentos justificam a não inclusão, e o quanto esse apego às desculpas pode virar uma armadilha perigosa em desfavor da inclusão e do cumprimento da lei.
Enquanto houver esse tipo de pensamento e atitude por parte das empresas, o mercado de trabalho para profissionais com deficiência permanecerá pouco inclusivo e difícil.
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