Em algum momento você já teve entrevista e não sabia como se portar? Teve alguma dúvida como criar um currículo ou para quem enviar? Já parou para pensar em que direção o mercado de trabalho está indo? As respostas dessas e outras perguntas foram respondidas na 2º Edição do (In)volvidos, que contou com a ilustre presença da Graziana Borba, Analista de RH da Qualirede, André Krumennauer, CEO na Involves e Rodrigo Tramonte, Cartunista, ilustrador e escritos do livro “Humor Azul: O Lado Engraçado do Autismo”.

O encontro (In)volvidos com Inclusão aconteceu no dia 27/09 na Pedra Branca, Palhoça – SC proveniente da parceria entre a PcD em Foco e Involves. Esse ano tivemos também o apoio do Impact Hub que se uniu a causa. A parceria dessas três empresas teve como principal objetivo ao realizar esse encontro, facilitar a inclusão das PcDs no mercado de trabalho por meio da informação, promovendo mais empatia entre empresas e PcD.

Se você perdeu, não perca os próximos! Confira o resumo que realizamos para você ficar por dentro do que aconteceu!

Por que criamos o (In)volvidos com Inclusão?

Muitos candidatos ainda comentem erros básicos no momento de se candidatar a uma vaga de emprego. É muito comum que candidatos não leiam os requisitos da vaga, enviem currículos sem informações primordiais como escolaridade, telefone para contato ou, quando são chamados para entrevista, informam que comparecerão, mas acabam não indo e nem informam ao entrevistador.

Esses são alguns problemas comuns e que prejudicam muito no momento de conseguir um novo emprego. Para alguns pode parecer básico, mas a realidade é que essa questão acaba sendo uma triste realidade para muitos RH’s. São tantas pessoas precisando de emprego, porém às vezes quem têm oportunidade acaba não aproveitando, muitas vezes por despreparo.

Além desses empecilhos, Graziana Borba, Analista de Recursos humanos, trouxe a importância da postura profissional no momento da entrevista. Dentre as dicas fornecidas estão: não reclamar de empregos anteriores, cuidar da apresentação pessoal e buscar conhecer a empresa antes de ir a entrevista. Isso pode auxiliar muito na hora de escolha!

É fundamental, também, evitar ir de chinelo, regata, mini saia ou com excesso de maquiagem.  A forma de se vestir é muito particular e gosto não se discute, mas dentro do ambiente organizacional o que precisa chamar a atenção são suas competências e não a sua roupa.

Graziana Borba, Analista de RH da Qualirede

O CEO da Involves, André Krumennauer, nos contou uma pouco da cultura da empresa e os vários motivos que fazem as pessoas gostarem de trabalhar lá, o que deixa a Involves no seleto grupo das melhores empresas para se trabalhar no Brasil da GPTW. A Involves pode ser uma excelente opção para quem se identifica com espírito jovem (independentemente da idade) e estão abertas à diversidade.

André Krumennauer, CEO da Involves

Apesar das suas particularidades, empresas da área de tecnologia normalmente são amigáveis, adoram inovação e, por isso, são muito abertas ao novo. Empresas com esse perfil, consequentemente acreditam que a diversidade ajuda muito e faz parte do processo de criação e desenvolvimento do negócio e dos profissionais.

A boa notícia é que além da Involves, há muitas empresas desse segmento em Florianópolis. Esse setor é responsável por um faturamento no estado de Santa Catarina de 4,3 bilhões, segundo último levantamento da ACATE em 2015. Ou seja, é um mercado que cresce e gera muitos empregos!

Para finalizamos o encontro, contamos com a participação do cartunista Rodrigo Tramonte. Ele nos contou sua incrível trajetória de vida pessoal, profissional e sobre a sua paixão pelos desenhos.

Como pessoa com autismo, relatou: “Eu era o menino quieto e fechado que só ficava desenhando e só falava de desenhos, e tinha dificuldade de fazer e manter amizades por isso”.

Rodrigo Tramonte no (In)volvidos com Inclusão

Adaptar-se ao ambiente de trabalho também foi desafiador, devido algumas características comuns para muitos, mas desafiadoras para a pessoa com autismo, por exemplo, lidar com as mudanças repentinas, ter horários fixos, excesso de cobranças, possuir dificuldades na comunicação e no “entrosamento” com a equipe não facilitam a adaptação nesse ambiente.

Após passar por algumas empresas e encontrar os “mesmos problemas”, Rodrigo buscou no empreendedorismo uma forma de lidar com isso e por meio das caricaturas foi alcançando sua autonomia e um reconhecimento ainda maior do seu trabalho. Porém as dificuldades permaneciam. Ele conta:

“Mesmo sem patrão, sem horários fixos, sem regimento interno, etc. As situações também se repetiram.”.

Desde do seu diagnóstico de Autismo em 2011, Rodrigo passou aprofundar mais sobre o tema, começou a participar e se engajar em trabalhos de ONGs pró-autistas.

Ele frisa o quanto foi importante entender o Autismo: “O diagnóstico precoce poderia ter auxiliado a reduzir minhas dificuldades em meus antigos empregos, e exigido dos meus empregadores a providenciarem adaptações à minha rotina e ambiente de trabalho”

A ausência de diagnóstico é um problema enfrentado por muitas pessoas, Rodrigo revela que “muitos autistas possuem facilidade em observar e identificar padrões, o que os auxilia no desenvolvimento de diversas habilidades”. Porém geralmente há sério déficit no estabelecimento das relações interpessoais dentre outros sintomas. Mas que não impediam o Rodrigo de brilhar, ou melhor azular.

Rodrigo lançou em 2014 o livro “Humor Azul: O Lado Engraçado do Autismo”, no qual usa sua vivência pessoal como pessoa com autismo e o conteúdo das suas palestras como roteiro do livro, usando a linguagem das histórias em quadrinhos como forma de comunicar e ajudar a estabelecer uma melhor compreensão e empatia acerca do transtorno do Espectro Autista.

Viu como teve bastante coisa legal? Se gostou compartilhe e deixe seus comentários. Curta a nossa página no Facebook e fique por dentro das novidades!