Muito se fala sobre a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas será que estamos preparados para recebê-las?
A forma como conduzimos essa relação poderá facilitar sua adaptação no ambiente de trabalho, quando usamos a empatia a chance de gerar afinidade é muito maior. Por isso, entender melhor o outro pode fazer total diferença na hora de incluir uma PcD na sua empresa, pois ela se sentirá acolhida e respeitada.
Cada pessoa tem uma relação diferente com a sua deficiência, de acordo com sua educação, experiências, fase da vida etc. Procure conhecer essa pessoa antes de mais nada e se tiver abertura procure entender como ela prefere ser tratada. Pois muitas vezes o preconceito também está na pessoa que possui a deficiência, conquistar a confiança ajudará muito.
Primeiramente como já vimos PcD (Pessoa com Deficiência) é a nomenclatura mundialmente aceita, então esqueça os termos portador de necessidades especiais (PNE) e termos pejorativos como “deficiente”, “aleijado”, “inválido”, “excepcional”, “retardado”, “pessoa especial”.
Na relação com as pessoas com deficiência, a falta de conhecimento e talvez interesse no assunto pode gerar muitas atitudes negativas, então separamos 22 dicas importantes para auxiliar na construção do bom relacionamento
Pessoas com deficiência física
1 – É importante perceber que para uma pessoa sentada é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo. Portanto, ao conversar por mais tempo com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se for possível, lembre-se de sentar, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível.
2 – A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo. Apoiar-se na cadeira de rodas é tão desagradável como fazê-lo numa cadeira comum onde uma pessoa está sentada.
3 – Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência.
4 – Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física.
5 – Não se acanhe em usar termos como “andar” e “correr”. As pessoas com deficiência física empregam naturalmente essas mesmas palavras.
Pessoas com deficiência visual
6 – É importante saber que nem sempre as pessoas com deficiência visual precisam de ajuda. Se encontrar alguém que precise, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu auxílio.
7 – Jamais ajude sem perguntar como fazê-lo. Caso seu auxílio como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai caminhando.
8 – É sugerido avisar, antecipadamente, sobre a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e outros obstáculos durante o trajeto.
9 – Ao explicar direções, seja o mais específico possível; de preferência, indique as distâncias em metros (“uns vinte metros à nossa frente”, por exemplo). Quando for afastar-se, avise sempre.
10 – Algumas pessoas, sem notar, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que ela tenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido falar alto. Use o tom de voz adequado ao ambiente.
11 – Não brinque nem acaricie um cão-guia, pois ele tem a responsabilidade de guiar o dono que não enxerga e não deve ser distraído dessa função.
Pessoas com deficiência auditiva
12 – Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Algumas fazem a leitura labial, outras não.
13 – Ao falar com uma pessoa surda, acene para ela ou toque levemente em seu braço, para que ela volte sua atenção para você. Posicione-se de frente para ela, deixando a boca visível de forma a possibilitar a leitura labial.
14 – Evite fazer gestos bruscos ou segurar objetos em frente à boca. Fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas sem exagero. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar.
15 – Ao falar com uma pessoa surda, procure não ficar contra a luz, e sim num lugar iluminado.
16 – Seja expressivo, os gestos e o movimento do seu corpo são excelentes indicações do que você quer dizer.
17 – Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.
18 – Mesmo que pessoa surda esteja acompanhada de um intérprete, dirija-se a ela, e não ao intérprete. A língua oficial é a libras (língua brasileira de sinais) mas elas podem se comunicar de outras maneiras, inclusive por leitura labial, mas a formação de frases é diferente.
Pessoas com deficiência intelectual
19 – Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa com deficiência intelectual.
20 – Trate-a com respeito e consideração. Se for uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente, e se for uma pessoa adulta, trate-a como tal. Evite o excesso de intimidade.
21 – Não superproteja, deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.
22 – Não subestime sua inteligência. As pessoas com deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.
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